20 dezembro, 2010

Roma e os Bárbaros


ROMA E OS BÁRBAROS

Bárbaros à solta em Roma.
in “The Economist” em www.economist.com

Mais de 1500 anos depois do Império Romano ter caído às mãos dos bárbaros invasores, Roma tornou a ser invadida pela barbárie. Desta vez, Roma não caiu) o Governo de Itália também não), nem os bárbaros foram sumariamente degolados.

Desta vez, aliás, os bárbaros eram, também eles, Italianos: radicais de esquerda revoltados pelo facto de o Governo de direita de Silvio Berlusconi ter superado uma moção de censura no parlamento.

Os ditos bárbaros, caridosamente apelidados de socialistas radicais, anarquistas, sindicalistas e estudantes, lançaram-se numa onda de violência gratuita, destruição da propriedade pública e privada e agressões à polícia, tentando deixar Roma a ferro e fogo.

Outro aspecto digno de nota, é que este despautério de violência raramente ser protagonizado pela direita contra poderes de esquerda. A inversa é verdadeira. É, aliás, paradigmático, que a esquerda da tolerância, das preocupações sociais e da cultura, demonstre uma intolerável intolerância perante o poder que lhe desagrada, se arvore uma inaceitável impunidade para fazer os desmandos que lhe apetece em nome de uma suposta visão romântica do Maio de 68.

Uma nota final para as insinuações sobre o apoio de alguns deputados da oposição ao Governo de Berlusconi, omitindo questões sobre a deserção de Gianfranco Fini e de 30 deputados que apoiavam o Governo. Mais uma pouco inocente dualidade de critérios.

Coliseu de Roma.


P.S. Estas vagas de violência injustificável só serão travadas quando a polícia tiver instruções operacionais e cobertura política para, em nome da ordem pública, da defesa da propriedade e da integridade das pessoas, prevenir o vandalismo e reprimir os bárbaros com a dose de repressão necessária. Enquanto prevalecer a permissividade vigente, estamos condenados a ser violentados pela barbárie.

1 comentário:

João Figueiredo disse...

Infelizmente, pelos tempos que vivemos e pelos que se aproximam, será um cenário que poderá estender-se ao resto da Europa...