05 dezembro, 2017

Só Há Duas Maneiras de Isto Acabar



SÓ HÁ DUAS MANEIRAS
DE ISTO ACABAR

 
As estimativas maximalista (13.000km) e minimalista (8.000km) do ICBM Hwasong-15 lançado no dia 29 de Novembro.
in “The Economist” at www.economist.com   

Tal como prevíramos em Tempos Interessantes (“C’est Excessivement Grave”, 14/11/2017 em http://tempos-interessantes.blogspot.pt/2017/11/cest-excessivement-grave.html ). A Coreia do Norte não iria cessar ou suspender os seus testes nucleares e de mísseis balísticos por causa da pressão internacional, das ameaças dos Estados Unidos, ou da influência da China.

Apesar da longa visita de Donald Trump à Ásia Oriental com reuniões com as principais potências e dos avisos produzidos pelos EUA, China, Coreia do Sul e Japão, a Coreia do Norte realizou o seu 20º teste de um míssil balístico em 2017. E, tal como outros dois realizados em Julho, também este foi um míssil intercontinental (ICBM). Este teste superou os anteriores, com o míssil (supostamente um novo modelo designado Hwasong-15 pela TV norte coreana KCNA) a atingir 4.500km de altitude e voando cerca de 1000km para leste.

Feitos os cálculos, concluiu-se que o projéctil teria um alcance de 13.000km lançado com uma trajectória balística normal e, presumindo que transportava uma ogiva  com dimensão e peso realistas. Tal permitiria à Coreia do Norte atingir qualquer ponto dos EUA. Caso a ogiva fosse uma réplica de pouco peso, o alcance do míssil passaria a ser de 8.000km (ver mapa).

Como vem sendo dito e repetido em Tempos Interessantes. É cada vez mais evidente que a Coreia do Norte não cede a pressões, ameaças, ou sanções. O anúncio de novas sanções pelos Estados Unidos e a convocatória de uma reunião de emergência do UNSC (Conselho de Segurança das Nações Unidas) pelo Japão são exercícios fúteis, inconsequentes e inúteis. Déjà vu.

O problema nuclear norte-coreano só pode ser resolvido de duas maneiras, antagónicas por sinal:

1- A Coreia do Norte conclui e estabiliza o seu projecto nuclear, completo com bombas atómicas e termonucleares e mísseis de alcance intermédio (IRBM) e intercontinentais (ICBM) fiáveis e capazes que lhe garantam uma capacidade dissuasora credível e reconhecida.

2- Alguém (os EUA) desencadeia um ataque maciço e devastador com meios convencionais e/ou nucleares e destrói o regime e, porventura, o país, assim pondo termo definitivo ao programa nuclear de Pyongyang.

Estas são as opções. Agora é só analisar a viabilidade e as consequências de cada uma e escolher. À la carte.

Sem comentários: